IANSÃ


Sincretizada à Santa Bárbara, Inhansã é conhecida como a Orixá dos ventos e das tempestades. Essas tempestades são simbólicas, elas na realidade representam as feitiçarias, sendo o combate às feitiçarias a maior atuação de Inhansã. Ela é ainda conhecida como a guardiã dos mortos (Eguns) ou a encarregada de recebê-los após a morte nos cemitérios.

Orixá guerreira é força de magia que afasta males e influências negativas, amparando a todos que a ela recorram. Seu poder vibratório anula cargas de enfeitiçamento, chamada simbolicamente de tempestades, vencendo nesse sentido demandas e feitiços de qualquer natureza.

Sua cor na Umbanda é o amarelo e seus fetiches são a espada e os raios. Inhansã é um Orixá de temperamento muito forte. No entanto, Santa Bárbara a quem foi sincretizada, foi uma moça meiga que sofreu grande martírio, provavelmente no Egito ou na Antioquia, entre os anos 235 e 313. A história de sua vida foi escrita em diversos idiomas como o grego, o armênio, o siríaco e o latim.

De acordo com a história, foi uma moça belíssima, filha de um nobre pagão conhecido como Dióscoro. A todo custo seu pai muito ciumento, a trancou numa torre a fim de resguardá-la de pretendentes. Certa vez Dióscoro viajou e em sua ausência, Santa Bárbara se fez batizar cristã, atraindo a ira de seu pai. Conseguiu fugir, mas foi capturada pelo pai e levada perante um tribunal pagão, sendo nesse tribunal condenada a ser exibida nua por todo o país. Padeceu de toda a sorte de suplícios, foi queimada com grandes tochas e teve os seios cortados. Foi mais tarde executada pelo próprio Dióscoro que lhe cortou a cabeça com uma espada. Logo após a sua morte, uma grande tempestade se formou e um raio matou Dióscoro.

A imagem da Santa Católica mostra-a ao lado de uma torre, segurando um cálice em uma das mãos e uma espada com a outra mão. Esses simbolismos ensinam o seguinte:

A torre representa a sua prisão.

O cálice representa o Cristianismo.

E a espada a arma que lhe tirou a vida.


Como podemos ver Iansã e Santa Bárbara nada tem em comum, o sincretismo ocorreu apenas por dois fatores - o raio que matou seu pai e a espada - fetiches de Iansã.

Nas obrigações a Inhansã são usadas rosas amarelas sem os espinhos, velas amarelas ou brancas e água pura.

Quanto às bebidas, esqueça-as! Algumas pessoas fazem obrigações com champanhe, licores de menta, de anis e outras bebidas que também não existiam na África e repito Orixás não bebem.

Os filhos e filhas de Inhansã são (normalmente) atirados, extrovertidos, geniosos, leais e muito francos e demonstram claramente esses sentimentos.


Com toda essa força que emana de Iansã, pode levar seus filhos a situações de autoritarismo, dificilmente aceita pelas pessoas, o que os faz serem vistos como pessoas geniosas.

Iansã no combate ao mal é a verdadeira fúria de um vendaval, ela livrará qualquer pessoa que se coloque sob a sua proteção, desde que essa pessoa não seja portadora de sentimentos de vingança.

Iansã chefia uma das falanges da linha de Xangô, isso indica que Ela também aplica a lei ao seu lado e é extremamente ativa nesse caso.
Possui ainda a atribuição de atuar contra os fora-da-lei no âmbito astral e trava ferrenhas batalhas contra esses seres do mal.


Nos terreiros, seus enviados manipulam os Silfos, que são seres elementais do elemento ar. Isso ocorre principalmente nas defumações realizadas em nossos templos.


Cor ..................... Amarelo
      Domínios .............. A atmosfera
            Atuação ............... Contra feitiçarias
        Saudação ............. Eparrei Inhansã
Elementos .................. Ar e fogo

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